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Luiz Daniel Valente da Silva

BEM-VINDO AO MEU MUNDO: A poesia.

Que possa trazer beleza e a presença de Deus ao seu coração.

    ISCA
 
Pescar um poema
é simples,
basta a lua
na ponta do anzol
 
(Luiz Daniel)

 

 

Luiz Daniel Valente da Silva, amazonense, graduado em letras, contabilista, educador, escritor, autor de "pétalas de amor", "janelas do mundo" e "barco de papel". Vencedor do prêmios Literários Cidade de Manaus - melhor livro de poesia (prêmio Violeta Branca Menescal). Participou da oficina estação das letras - RJ - Aos 18 anos viajou para o Rio de Janeiro, onde passaria 13 anos e posteriormente para o estado de Pernambuco - Recife (balneário de Porto de Galinhas), onde atuou como empresário.

Torcedor do flamengo, fast clube de Manaus, adora criar imagens poéticas com barcos, acredita que na vida o belo deve prevalecer, que a poesia deve fazer luar e que é missão do poeta melhorar-se e melhorar o homem. Deus deve ser a referência maior da humanidade. Sua mãe, Salviana Valente da Silva, é a pessoa inesquecível e nutre  grande admiração pelo pai Luiz Elpídio da Silva. Iniciado na poesia através de muita leitura na infância: Monteiro Lobato, todos os livros da Disney, histórias em quadrinhos diversas, palavras cruzadas e os clássicos da literatura. Mais tarde, grande admirador de Mario Quintana, Thiago de Melo, Pablo Neruda, do educador Paulo Freire, entre outros. Teve como incentivador o poeta gaúcho Jorge Luiz Jacques Dorneles

SOBRE O AUTOR

Danniel Valente
Minha filha Fernanda e a netinha Daniela 
“Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas.” 

― Vincent Van Gogh

AS ESTRELAS

Quando eu olhar as estrelas
e não me comover...
saberei que a poesia

me deixou para sempre.

 

Olho para o céu
todas as noites
para me certificar

E vejo que são as estrelas
o motivo da eternidade.

 

(Danniel Valente)

           REALIDADE
 
O sonho do poeta
é no exato instante
de um poema
 
 
              CENA
 
A mãe gritava
e lá vinha ele: sujo, descalço,
apressado...
 
Foi um grito de mãe
que acordou
a minha infância.
 
 
    MENINO
 
Descalço, suado,
vai o menino...
 
Sobre muros
plantas
quintas,
vai o menino...
 
Corre, salta,
faz a sua maratona...
 
Vence barreiras, imprevistos,
voa...alcança...
 
O menino vai...
com o seu pássaro de papel.
 
 
 
    ARTE
 
Na arte
olha-se o mundo
as pessoas
a natureza...
 
Tem-se o olhar
divino e humano,
a missão de fazer sol e lua...
 
Construir 
o melhor girassol.
 
 
   SEM SAUDADE
 
 
Aprendi com o colibri
beijar e partir
sem apego e sem saudade.
 
 
     BEIJANDO
 
Faz tempo que canto
que choro
que amo.
 
Quero escrever na rosa...
como um beija-flor,
como o colibri escreve:
beijando.
 
 
           JARDIM
 
Talvez você não entenda
um poema com nuvens.
 
O estranho jogo de palavras,
o outono no colo da primavera.
 
Caminhos que se mostram
e se escondem 
nas entrelinhas.
 
Porém,
nas confusas cavernas,
no labirinto da escrita, 
na musicalidade da metáfora...
 
Eu vejo a sua face
me olhando
da janela do poema.
 
 
     DA CONFIANÇA
 
Luar atrás da nuvem:
assim está meu coração.
 
Febril está meu sonho,
a esperança
é lareira sem brasa.
 
O poema aperta as minhas mãos,
vou com ele
como quem confia.
 
 
        OUTRA VEZ
 
No quarto escuro
onde finco manhãs,
canto mármore
e pétalas de rosa.
 
Perdido na ilusão
de um mundo intecível,
teço o deslumbre e a decepção.
 
Burilo meu testamento
na seda inútil do entardecer,
sou orvalho envelhecido.
 
Preso na beleza
da flor que há em todas as coisas
alinhavo azul o meu olhar.
 
 
 
 
          SONETO
 
Meu soneto  não tem rima
nenhuma estrofe,
nada de métrica...
 
Meu soneto embala na rede
fica esquecido na tarde...
 
Todos os dias o meu soneto
depois do almoço...
 
Porque poeta não tira soninho,
tira soneto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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